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REVIEW THE WITCHER 3: WILD HUNT

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NOTA: 9,5

The Witcher 3: Wild Hunt chegou ao PS4, Xbox One e PC. O jogo de RPG de ação da CD Projekt RED vem para finalizar a saga do bruxo Geralt de Rivia, que não é um herói, mas um legítimo mercenário que tem que completar sua derradeira missão. Repleto de bons momentos, o game não é perfeito, mas é bem divertido. Confira nossa análise:

O bruxo está de volta

The Witcher 3: Wild Hunt, como citamos, vem para finalizar a saga de Geralt. Isso não vai impedir de que saiam novos “The Witcher” ao longo dos próximos anos, mas Geralt de Rivia vai terminar sua história por aqui, de forma bem inspirada e com momentos épicos – dignos de grandes RPGs e similares.

Mas o fim não vai ser algo necessariamente agradável, como uma bela aposentadoria, e sim uma tarefa árdua que vai chegar ao bruxo quando menos ele espera. Geralt não é exatamente o herói que está presente em RPGs épicos, e isso fica claro logo nos primeiros minutos de jogo. Apesar de carismático, ele é o bruxo por si só, um dos últimos de seu tipo, o que deve ser levado bem a sério por todos.

The Witcher 3 marca o retorno de Geralt de Rivia (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

A saga começa quando Geralt está em busca de Yennefer, uma antiga aliada. Logo ele descobre que nem tudo é o que parece, quando é designado com a tarefa de recuperar Cirila, filha do Imperador, que foi treinada por Geralt para se tornar um tipo de herdeira de suas missões e habilidades. O maior problema é que, tanto Geralt quanto Cirila estão sendo perseguidos pela Caçada Selvagem (Wild Hunt), um tipo de força sombrio que invadiu as terras do norte.

É claro que a Caçada Selvagem não será o único desafio enfrentado por Geralt ao longo da saga, que é realmente enorme e promete ser épica e repleta de reviravoltas desde o início. Não cabe falar aqui o que deve ou vai ocorrer na história de cada um, mas saiba apenas que The Witcher 3 é um jogo que se o que faz, principalmente em termos de enredo, com momentos caprichados e muito bem construídos.

A Caçada Selvagem é a principal ameaça do jogo (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Jogabilidade: complicada, mas faz sentido

The Witcher 3: Wild Hunt continua a tradição dos outros jogos da série, com comandos complexos e nada fáceis de se gravar. É botão que ataca, botão que pula, defende, corre, anda, seleciona magia, ataca com magia, entra no menu, pausa o game, combinações de golpes, defesa e contra-ataque – uma infinidade de possibilidades que vai te dar algum trabalho no início da aventura.

Felizmente o jogo possui um tutorial um pouquinho longo, porém agradável, que vai te ensinar a base desses comandos. É verdade que, mesmo depois do tutorial, o jogador deve continuar com algumas dúvidas, mas nada que a prática não resolva. O que queremos dizer é que: sim, o game possui comandos complexos e difíceis, mas isso não quer dizer que eles não façam sentido ou sejam truncados. Pelo contrário, tudo funciona muito bem, depois que aprendemos.

Pode parecer complicado, e é mesmo (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Os combates, por exemplo, fazem justiça à série. Apesar de ser um RPG com elementos bem clássicos, com direito a personalização e criação de itens e equipamentos, as lutas de The Witcher 3 são voltadas para a ação, com pancadaria rápida, cortes de espada que voam pelo ar, magias devastadoras que são conjuradas em questão de milissegundos e ataques rápidos para abater aquele inimigo feroz em sua frente.

A variedade da jogabilidade vai além dos combates, com muito a se fazer nos cenários e durante os diálogos. Os cenários são bem exploráveis, seja em cidades, no campo ou dentro de residências. O jogo se esforça em fazer com que o usuário demore bastante a terminá-lo, apesar da história ter a média de qualquer grande RPG, ou seja, pouco mais de 20 horas em termos de campanha. É muito para se ver, explorar, coletar, conversar, missões paralelas – espere perder muito tempo realizando missões secundárias, no bom sentido da coisa, o que deve elevar seu tempo de jogo para mais de 100 horas. Para quem curtir, há até mesmo um card game completo dentro da aventura, o Gwent, com regras próprias e sistema de construção de baralhos.

The Witcher 3 tem sistemas de criação de itens e equipamentos (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

A jogabilidade também se espelha em outros games de sucesso, o que não é nenhuma vergonha, já ele pega emprestado conceitos de grandes títulos. Missões paralelas, por exemplo, são elementos comuns em MMORPGs, enquanto a exploração de mundo aberto poderia nos lembrar bastante de GTA , apesar de que, ao andar de cavalo pelo enorme mapa, a impressão que temos é que The Witcher 3 nos lembra mais de Red Dead Redemption, da mesma produtora, a Rockstar.

Outros elementos dignos de nota são o “modo bruxo” de Geralt, que o faz enxergar elementos secretos nos cenários e rastrear presas com mais precisão, que pode até estar presente em outros títulos da saga, mas que aqui lembra bastante a visão de detetive da série Batman Arkham. Toda a jogabilidade corria o risco de ser uma grande salada mista de outros games, mas faz bem o seu trabalho, ao construir controles coesos e funções bem representadas.

Há até mesmo um jogo de cartas dentro da aventura, completo e com regras próprias (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Um legítimo jogo adulto

The Witcher 3: Wild Hunt deixa claro que é um jogo adulto, e não apenas pela nudez dos homens e mulheres que aparecem ao longo da aventura, nem mesmo pelos palavrões ou cenas de sexo, mas sim pelo seu enredo denso, histórias marcantes a cada missão paralela ou da campanha e os combates violentos.

É de se impressionar que, por exemplo, nem tudo em The Witcher 3 possa ser resolvido no combate, mesmo aquelas situações que pedem por isso. É sempre possível chegar a um denominador comum, ao escolher uma das opções de diálogo, e resolver conflitos apenas no papo, apenas com a sensatez de Geralt, ou não. O game dá escolha total ao jogador sobre qual caminho seguir, e sobre qual consequência ele vai ter que se virar para encarar.

The Witcher 3 impressiona pela maturidade (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Tais elementos fazem de The Witcher 3 um jogo adulto e também amadurecido, em muitos sentidos. Quando se olha para trás e vê o que a CD Projekt RED na série The Witcher, é de se espantar o nível de produção que eles alcançaram neste novo capítulo, com narrativa digna de séries épicas ou até filmes de fantasia de alta arrecadação, como Game of Thrones ou Senhor dos Anéis.

Apesar de termos ainda a presença de um modo “fácil” no jogo, ele é difícil no padrão normal e possui dificuldades mais elevadas. Some isso a um esquema de controles que é pesado de aprender, muitos detalhes para se atentar e temos um legítimo game feito e pensado com o público adulto em mente.

O cenário do game é vasto (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Impecável, mas não perfeito

Estaria tudo lindo e maravilhoso se The Witcher 3 fosse um game digno de uma nota 10. Mas, infelizmente, ele tem problemas que consideramos graves e que podem, sim, tirar um pouco de seu brilho, frente a olhos de jogadores um pouco mais exigentes que a média que vai se impressionar com a nova aventura de Geralt.

Um dos pontos que nos decepcionou bastante foi a taxa de quadros por segundo, que em raros casos ficam travados em 30 quadros por segundo. Isso representa a suavidade do game e das animações. Em muitos casos a taxa de quadros vai cair, em termos técnicos, o que representa pequenos travamentos em algumas cenas mais rápidas.

The Witcher 3 tem alguns problemas, entre eles defeitos técnicos (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Há outros problemas técnicos que permeiam o novo The Witcher, como objetos que são gerados sempre que a câmera retorna a um personagem durante um diálogo, criando um efeito bizarro, apesar de rápido, em alguns pontos da cena, além do carregamento entre um capítulo e outro e entre algumas cenas, que podem ser mais demorados do que se imagina.

Os gráficos estão em nível muito bom, com qualidade extrema, fazendo justiça ao poder de processamento dos consoles de nova geração – seja pelas partículas voando a cada magia, pelo cabelo ou modelagem dos personagens e até mesmo pelas paisagens vastas, cheias de detalhes e com muita vida.

The Witcher 3: Wild Hunt (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Porém, problemas gráficos também prejudicam, com texturas que demoram a carregar, bugs visuais de colisão de polígonos (em determinado momento, Geralt passou por dentro de um cavalo na cena), ou até mesmo a animação do personagem no controle do jogador, que é bem desengonçada em termos de movimentação. São problemas que podem e devem ser resolvidos com atualizações online, mas o que analisamos aqui é o game “puro”, ainda em seu lançamento, sem “patches”.

A dublagem brasileira, tão elogiada e esperada durante a fase de produção do game, também decepciona. Apenas personagens bem centrais estão bem trabalhados, como o próprio Geralt. Mas personagens secundários e até mesmo alguns dos centrais, como Yennefer, apresentam vozes bem pouco inspiradas e, diríamos, até mesmo pouco combinando com suas atitudes ou aparência. Ainda bem que o game te permite configurar totalmente as opções de idioma, até mesmo com vozes em polonês, o idioma original e terra natal de sua produção.

Geralt de Rivia em The Witcher 3: Wild Hunt (Foto: Reprodução/Felipe Vinha)

Conclusão

The Witcher 3: Wild Hunt mostra que a série, felizmente, evoluiu e amadureceu com seus fãs. Trata-se de um jogo verdadeiramente adulto, com muito o que se fazer e diversos momentos emocionantes. A história derradeira de Geralt de Rivia vai além do próprio bruxo e introduz a “nova geração” do panteão de The Witcher. Há problemas, como em qualquer outro jogo, ainda que aqui eles estejam em nível mais elevado do que gostaríamos. Porém, Wild Hunt mantém o brilho de grande produção e impressiona a cada minuto.

Confira os outros trailers da semana em nosso vídeo especial. OBS: Se inscreva em nosso canal. 

Fonte: TT

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Game of Thrones: Conquest comemora 8º aniversário com grande atualização e novo recurso

Pandora Nana

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Oito anos de estratégia e poder

A Warner Bros. Games e a HBO anunciaram uma grande celebração pelos oito anos de Game of Thrones: Conquest, o jogo mobile de estratégia inspirado no universo de Westeros. Desde seu lançamento em 2017, o título conquistou milhões de jogadores em todo o mundo e se mantém como um dos favoritos do gênero graças à sua jogabilidade envolvente e à comunidade ativa.

Para marcar o aniversário, o game receberá em 22 de outubro sua maior atualização do ano, que trará o novo recurso Salão dos Heróis. A novidade chega acompanhada de um trailer especial e de um infográfico celebrando a jornada dos fãs ao longo desses oito anos.


Uma história de conquistas épicas

Desde a estreia, Game of Thrones: Conquest permitiu que fãs da franquia forjassem alianças, travassem batalhas e colecionassem heróis icônicos das séries Game of Thrones e House of the Dragon, ambas vencedoras do Emmy® e do Globo de Ouro®.

Atualmente, o game conta com 109 heróis jogáveis de todas as eras dos Sete Reinos — entre eles Rhaenyra Targaryen, “A Rainha Negra”, e até o temido Rei da Noite, o Primeiro Caminhante Branco.

Os números impressionam: até agora, os jogadores já desbloquearam heróis quase 19 milhões de vezes, além de marcharem sobre Porto Real e disputarem o Trono de Ferro mais de 4,4 milhões de vezes.


Novo recurso: Salão dos Heróis

A principal novidade da atualização é o Salão dos Heróis, que promete redefinir o sistema de progressão de personagens no jogo. A nova mecânica permitirá que jogadores de todos os níveis gerenciem estrategicamente suas Coleções de Heróis, desbloqueando vantagens e recompensas especiais.

O recurso também introduz os Baralhos de Heróis, conjuntos predefinidos que podem ser aprimorados de acordo com a raridade dos personagens. Ao evoluir os Níveis de Estrela desses baralhos, os jogadores ganham bônus permanentes que se somam aos já existentes do Pequeno Conselho e das formações de Marcha.

O lançamento inicial contará com seis Baralhos de Heróis, com novos conjuntos planejados para atualizações futuras — expandindo ainda mais a profundidade estratégica do jogo.


Eventos e recompensas exclusivas

Para celebrar o aniversário, Game of Thrones: Conquest realizará três semanas de eventos por tempo limitado a partir de outubro. Será o momento ideal tanto para novos jogadores quanto para veteranos fortalecerem seus exércitos e expandirem suas coleções.

Entre os brindes especiais, todos os jogadores que entrarem no game entre 7 e 26 de outubro receberão o Peão de Marcha Astrolábio, um item inspirado na icônica abertura da série original. Esse será o primeiro peão totalmente animado já lançado no jogo.

Além disso, a partir de 20 de outubro, será possível desbloquear uma variação prateada do Astrolábio ao completar missões diárias durante sete dias consecutivos.


Disponibilidade

Game of Thrones: Conquest está disponível gratuitamente para download na

Com oito anos de batalhas épicas e alianças forjadas em fogo e sangue, Game of Thrones: Conquest segue expandindo o universo de Westeros nos dispositivos móveis. O Salão dos Heróis promete elevar o nível estratégico do jogo e garantir fôlego novo à comunidade que continua crescendo ao redor do mundo.

Quer ficar por dentro das novidades sobre o universo Pop? Me acompanha no Instagram @pandora.nana e não perca nenhum lançamento.

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Hades 2: o sucesso do final de semana de lançamento

Pandora Nana

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“Hades 2” chegou e não foi com passos tímidos — o novo título da Supergiant Games mergulhou direto no submundo dos recordes de videogame. Assim como seu antecessor, o jogo rapidamente conquistou espaço no coração dos jogadores e da crítica, transformando seu final de semana de lançamento em um verdadeiro espetáculo para a indústria gamer.
Com milhares de jogadores simultâneos no Steam e uma recepção calorosa em redes sociais e fóruns, “Hades 2” não apenas reafirma o talento da Supergiant em criar experiências únicas, como também se estabelece como um dos lançamentos mais comentados de 2025.

Neste artigo, vamos explorar tudo o que fez o jogo brilhar nesse lançamento: dos números impressionantes de público às inovações de gameplay, passando pela relevância cultural e o impacto que a sequência traz para a comunidade geek.


O impacto imediato de Hades 2 no Steam

O sucesso de “Hades 2” pôde ser medido logo nas primeiras horas após o lançamento. Em questão de dias, o título alcançou picos superiores a 110 mil jogadores simultâneos apenas na Steam, ultrapassando marcas estabelecidas por seu antecessor e se posicionando como um dos maiores lançamentos independentes da plataforma em 2025.

Esse número impressiona ainda mais quando lembramos que o game não pertence a uma gigante do mercado AAA. O feito comprova a força da Supergiant Games como estúdio independente e como seu nome, desde o primeiro “Hades”, passou a ser sinônimo de qualidade. A comunidade gamer respondeu de forma massiva, demonstrando que havia uma expectativa enorme pela sequência.

Além disso, os fóruns do Steam e do Reddit foram inundados com discussões, teorias, fanarts e até mods experimentais nas primeiras horas. A comoção deixou claro que “Hades 2” não seria apenas mais um jogo lançado em 2025, mas sim um fenômeno cultural, capaz de mobilizar fãs ao redor do mundo.

O feito também posiciona o game entre os maiores lançamentos do ano em termos de público ativo, mostrando que o interesse por roguelikes está longe de diminuir — e que, quando bem executado, o gênero pode alcançar números dignos de blockbusters.


A Supergiant Games e sua jornada de confiança

A Supergiant Games já era uma desenvolvedora respeitada desde títulos como “Bastion” e “Transistor”, mas foi com o primeiro “Hades” que o estúdio conquistou status lendário dentro da comunidade geek. Agora, com “Hades 2”, a equipe prova que não se trata de um golpe de sorte: eles sabem exatamente o que estão fazendo.

A confiança depositada pelos jogadores foi construída ao longo de anos. O estúdio sempre demonstrou um cuidado especial em criar não apenas mecânicas envolventes, mas também narrativas que dialogam com emoções profundas. A mitologia grega, adaptada com frescor e irreverência, conquistou até mesmo aqueles que normalmente não se interessam pelo gênero roguelike.

Esse histórico explica em grande parte por que o público abraçou a sequência tão rapidamente. Muitos fãs sentiram que estavam retornando a um universo familiar, mas ainda assim cheios de surpresas. A combinação entre expectativa e inovação criou o cenário perfeito para o estrondoso sucesso no lançamento.

Mais do que apenas números, o fenômeno mostra como a Supergiant Games se consolidou como referência para estúdios independentes. O sucesso de “Hades 2” funciona quase como uma carta de amor à produção criativa fora do circuito das grandes publishers, inspirando outros desenvolvedores a acreditarem em suas ideias.


O que diferencia Hades 2 de seu antecessor

Apesar da herança pesada do primeiro jogo, “Hades 2” não se acomodou em repetir fórmulas. Pelo contrário, a sequência trouxe novidades significativas que justificam sua existência e elevam a experiência.

Entre as mudanças mais celebradas está a introdução da nova protagonista, Melinoë, a princesa do submundo. Sua presença trouxe frescor à narrativa, explorando aspectos menos conhecidos da mitologia grega e permitindo ao jogador vivenciar o universo de “Hades” sob uma nova perspectiva. Essa escolha narrativa também abriu espaço para conexões inéditas entre personagens e um enredo mais amplo e complexo.

No aspecto de gameplay, as melhorias são visíveis. O combate ganhou novas camadas de profundidade, com armas adicionais, habilidades mais variadas e um sistema de progressão repaginado. A sensação é de que cada run é ainda mais dinâmica e imprevisível, algo essencial para manter a longevidade de um roguelike.

Os cenários também receberam atenção especial. Enquanto o primeiro jogo já impressionava com sua direção de arte vibrante, “Hades 2” expande os horizontes, apresentando ambientes mais sombrios, detalhados e cheios de referências mitológicas. O resultado é uma atmosfera que mistura familiaridade e novidade, convidando o jogador a explorar cada canto.


A força da narrativa e da mitologia

Um dos maiores diferenciais de “Hades 2” é sua capacidade de unir gameplay frenético com uma narrativa envolvente. A Supergiant novamente demonstra sua habilidade em tratar a mitologia grega com respeito, mas também com ousadia criativa.

A escolha por Melinoë como protagonista não foi apenas estética. A personagem, na tradição mitológica, está ligada ao ocultismo e à feitiçaria, o que abre espaço para tramas mais sombrias e reflexões sobre poder e destino. Essa mudança tonal adiciona uma nova camada de complexidade em relação ao primeiro jogo, que tinha como foco a rebeldia e a busca por liberdade de Zagreus.

Outro ponto de destaque é o elenco de personagens coadjuvantes. Deuses, titãs e entidades míticas surgem com personalidades cativantes e diálogos inteligentes, reforçando a tradição da Supergiant em criar mundos vivos. Cada encontro adiciona um pouco mais de profundidade à trama, incentivando o jogador a retornar várias vezes não apenas pelo desafio mecânico, mas também pela curiosidade de conhecer todas as histórias.

A mistura entre o antigo e o novo faz de “Hades 2” não apenas uma continuação, mas também um mergulho mais profundo na mitologia, tornando-o atraente para fãs de cultura pop, história e até mesmo para quem busca representações modernas de narrativas clássicas.


A recepção da crítica e da comunidade

A recepção de “Hades 2” foi praticamente unânime: elogios tanto da crítica especializada quanto dos jogadores comuns. Portais de games, criadores de conteúdo no YouTube e streamers da Twitch ajudaram a impulsionar a popularidade do título, tornando-o um assunto quente durante todo o final de semana de lançamento.

Os reviews destacaram principalmente a evolução natural em relação ao primeiro game, a profundidade do combate e o carisma da nova protagonista. A consistência da direção de arte e da trilha sonora também foi elogiada, reforçando a identidade única da franquia.

Do lado da comunidade, o engajamento foi massivo. Fãs criaram memes, artworks e até vídeos comparativos com o primeiro jogo, celebrando cada detalhe que fazia “Hades 2” brilhar. Essa movimentação espontânea é um dos sinais mais claros de sucesso: quando os jogadores transformam sua paixão em conteúdo, o jogo transcende o entretenimento e se torna parte da cultura pop.

O fato de “Hades 2” ser rapidamente apontado como um dos jogos mais bem avaliados de 2025 também contribui para a construção de sua imagem como fenômeno. Não é apenas um sucesso de vendas, mas também uma obra reconhecida por sua qualidade.


Hades 2 como fenômeno cultural

O que torna “Hades 2” tão especial não são apenas os números ou as análises positivas, mas a forma como ele se conecta com a cultura geek. O jogo rapidamente se tornou tema de conversas em comunidades de fãs de mitologia, fóruns de RPG e até mesmo entre leitores de quadrinhos e animes, que encontraram ecos de suas paixões no universo criado pela Supergiant.

As fanarts inundaram o Twitter, o TikTok foi tomado por clipes de gameplay e edições criativas, e cosplayers já começaram a planejar trajes inspirados em Melinoë e outros personagens. A velocidade com que o título se infiltrou na cultura pop demonstra a força do apelo estético e narrativo da franquia.

Outro aspecto culturalmente relevante é a maneira como o jogo reforça o poder dos estúdios independentes. Em um cenário dominado por grandes publishers e produções milionárias, “Hades 2” prova que a criatividade pode ser tão ou mais valiosa do que o orçamento. Ele inspira não apenas jogadores, mas também futuros criadores de jogos e artistas independentes.

No final, o game não é apenas um lançamento de sucesso: é um marco cultural que reafirma o lugar da Supergiant Games no panteão dos estúdios mais influentes da atualidade.


O futuro da franquia e o legado de Hades 2

Com o impacto imediato de “Hades 2”, a grande questão agora é: para onde a franquia pode ir daqui? O potencial é enorme. A Supergiant já demonstrou interesse em continuar expandindo o universo, seja com atualizações, seja com conteúdos adicionais que mantenham a comunidade engajada.

As teorias dos fãs já começam a pipocar, especulando sobre expansões, novos personagens jogáveis e até spin-offs baseados em figuras mitológicas ainda não exploradas. Essa energia da comunidade é um combustível poderoso que pode manter o jogo relevante por muito tempo.

Em termos de legado, “Hades 2” já conquistou seu espaço como um dos maiores lançamentos de 2025. Mas além disso, ele pavimenta o caminho para uma nova geração de roguelikes, mostrando que o gênero pode ser acessível, emocionante e, acima de tudo, culturalmente impactante.

O futuro da franquia depende da criatividade da Supergiant e da paixão dos fãs. Mas se há algo que podemos afirmar desde já é que “Hades 2” será lembrado não apenas como um jogo, mas como uma experiência que marcou uma geração de jogadores.


Conclusão: um final de semana para a história

O lançamento de “Hades 2” foi mais do que um evento: foi uma celebração da cultura gamer e geek. Os recordes no Steam, a recepção calorosa da comunidade e a qualidade inquestionável do jogo consolidaram seu lugar como um dos grandes destaques do ano.

Em um mercado cada vez mais saturado de lançamentos, “Hades 2” provou que ainda há espaço para experiências inovadoras, narrativas envolventes e personagens inesquecíveis. Ele mostrou que o submundo pode ser, sim, o palco perfeito para histórias de sucesso.

E se você, assim como eu, vibrou com cada detalhe dessa estreia e adora mergulhar em universos de cultura pop e geek, fica o convite: acompanhe meu trabalho e minhas análises pelo Instagram @pandora.nana. Vamos juntos explorar esse e muitos outros mundos incríveis!

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Animes e Mangás

Pokémon estreia na BGS 2025 com estande oficial e experiência de Mega Evolução

Vitor Delfino

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A Brasil Game Show 2025 (BGS 2025) acaba de confirmar uma grande novidade para os fãs de Pokémon: a The Pokémon Company International fará sua estreia oficial no maior evento de games da América Latina. O estande inédito de 300 m² trará experiências interativas e exclusivas sobre a Mega Evolução de Pokémon, em celebração aos aguardados lançamentos Pokémon Legends: Z-A e a expansão Megaevolução do Pokémon Estampas Ilustradas (TCG).

Pokémon na BGS 2025: experiência de Mega Evolução

No estande, os Treinadores Pokémon poderão aprender como Mega Evoluir seus Pokémon em atividades práticas e imersivas, além de explorar os populares Pokémon Mega Evoluídos que estarão presentes tanto no jogo Pokémon Legends: Z-A quanto na expansão do Pokémon Estampas Ilustradas.

  • Pokémon Legends: Z-A chega em 16 de outubro de 2025 para Nintendo Switch e Nintendo Switch 2.
  • A expansão Megaevolução do Pokémon TCG será lançada em 26 de setembro de 2025.

A importância da estreia de Pokémon na Brasil Game Show

Para Marcelo Tavares, fundador e CEO da Brasil Game Show, a chegada oficial da marca é um marco para a feira:

“A paixão que o público brasileiro e latino-americano tem por Pokémon é inquestionável. Ver a marca reconhecendo isso e se aproximando dos fãs da região por meio da BGS reforça o valor da nossa comunidade gamer.”

O que esperar da BGS 2025

A Brasil Game Show 2025 acontece de 9 a 12 de outubro no Distrito Anhembi, em São Paulo, ocupando todos os cinco pavilhões do espaço. O evento reunirá centenas de marcas e trará atrações internacionais de peso, incluindo:

  • Hideo Kojima (Death Stranding 2),
  • Naoki Hamaguchi (Final Fantasy VII Remake),
  • Yoko Shimomura (trilhas sonoras de Kingdom Hearts e Street Fighter 2).

O público também poderá prestigiar apresentações musicais emocionantes, como PlayStation The Concert e A New World: intimate music from Final Fantasy.

Ingressos para a BGS 2025

Os ingressos já estão disponíveis no site oficial da Brasil Game Show para um ou mais dias de evento.

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